29/07/2009

It´s over.

Hoje completo mais um ano de existência terrena, entre tantos, dos quais, praticamente não me arrependo quase nada. Portanto, se loucura ou não, se ofensivo ou não, se inadequado ou não, preciso hoje mesmo, romper barreiras impostas no coletivo, e dizer (escrever) para você, de maneira “polida” que você mudou a seqüência da minha vida em algum item, rumo, caminho, sensação, enfim.
Até agora, não estou certa, se fiz mal, se fiz bem, se foi tudo verdade, se foi momentâneo. Se causou um pequeno impacto bacana para você. Se você sente saudades do que vivenciamos, ainda que em curtíssimo prazo, se marcou também, para você.
Uma escolha tua (casual ou não) me mostrou algo curioso, uma maneira dolorida para mim, mas muito sutil, para você, de me indicar que “somos só amigos”, parece, que você esticou uma faixa com luzes piscantes, para que eu de qualquer lugar que estivesse, tivesse ao alcance dos olhos o logo “da amizade”. Tudo bem. É fato. Dói muito hoje, menos que ontem, mas ainda, está latejando. Que fazer? Nada. Esperar esta dor terminar, quieta, com maturidade, pois afinal, atingi certa idade (risos). A vida é feita de escolhas e a todo tempo somos inseridos no contexto do escolher “ou isto ou aquilo” ou “este ou aquele”. Eu escolhi pelo que te vai por dentro e pelo que admiro espiritualmente, não pelo que vejo, ou toco.
Preferi escrever, pois, não tenho como olhar para você, hoje, agora, e dizer palavra por palavra tudo isto que me vem em mente, sem me expor, sem ter medo. É, o texto protege, protege de talvez eu me decepcionar ainda mais, conforme sua reação ao me ouvir. E também porque você se importaria? Afinal, amizade é isto. Não tem uma coisa a haver com outra, dentro da amizade, que pensamos ter. E decepção? Acontece o tempo todo, no mundo...
Continuar a amizade, certamente, fantasiada, no silêncio, de tudo o que eu gostaria de dizer, de poucas coisas latentes que prezaria em gritar, não como insatisfação, mas como emoção mesmo, porque querendo ou não, lutando ou sendo pacífica, eu, gosto de você, mais do que imaginava.
É normal, uma pessoa que me marca tem esta propriedade: devido ao grau de importância atribuído. Não me permito contestar você "de cara", nem me afastar bruscamente, para que, você, não note, não enxergue rapidamente, o que sinto agora. A não ser que sua memória seja muito boa e você se lembre de que, enquanto me importo demais o suficiente para incomodar o sentimento profundo, eu me afasto. (E quando não tem mais a emoção latente, não me importo de conviver...)
Me afasto, em físico e um pouco em pensamento. Pois sei, que hoje, o melhor seria estar em outro país até, para ficar o mais longe possível e facilitar todo o processo que ainda tenho que passar, que se chama “esquecer”. Esquecer do homem que mexeu com os sentimentos. Gravar o amigo. Sem e "com".
Eu escrevo para registrar: que meus atos foram totalmente emocionais, plenamente consentidos e cem por cento verdadeiros em relação ao que senti e expressei quando ao teu lado.
It´s over. E é pena, pelo futuro que talvez, poderia ser e não foi.
Feliz ano novo sem você e com.
“coração”.

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