27/04/2010

Se não fosse você.



Se não fosse admiração, seria amor...
Se não fosse paciência, seria conforto...
Se não fosse amizade, seria cumplicidade...
Se não fosse proteção, seria paixão...
Se não fosse zelo, seria cuidado...
Se não fosse dor, seria ausência...
Se não fosse solidão, seria saudade...
Se não fosse surpresa, seria tradição...
E se não fosse você, seria eu...

25/04/2010

Quantas vezes?

Quantos poemas escrevestes em folhas que arremessou amassadas ao cesto?
Quantas vezes titubeou em procurar pessoas a quem devia alguma palavra?
Quantas vezes se fez perder em pensamentos que não colocou em prática, por mera distração?
Quantas vezes, no patamar de seu ego, evitou confrontos mais profundos contigo mesmo?
Quantas vezes fechou o semblante ao invés de sorrir ?
Quantas vezes desencantou uma mulher na sua juventude e agora, se arrepende de não ter feito diferente?
Quantas vezes, deixou a família de lado, por um dia a mais de trabalho, ou por algumas poucas horas, em que julgava ter outras prioridades?
Quantas vezes traiu sua mente e trapaceou com teus princípios e criação, para não mostrar o que pensava de assuntos estritamente políticos onde sua menção era necessária?
Quantas vezes escolheu o certo pelo incerto e jamais teve chance de se lançar mais aventureiro de emoções em tua vida?
Quantas vezes desejou o afago materno, que já se tornara impossível, por ela não estar mais presente?
Quantas vezes, tropeçou na insanidade absurda de seu moralismo incontido, perante o dever de cidadão na sociedade?
Quantas vezes escondeu, dos que te amam, suas dores, para que parecesse mais forte?
Quantas vezes conseguiu contemplar o Pôr do sol com tempo para meditar sobre o seu dia?
Quantas vezes se deparou com emoções extintas pela falsa impressão de que não é mais criança e de que sendo adulto não pode brincar de faz de conta?
Quantas vezes ouviu uma música, que encostou na tua alma e te fez cobrir os olhos de lágrimas?
Quantas vezes, veio em teu paladar, aquele gostoso café, em dia de chuva, em uma tarde cansativa de trabalho?
Quantas vezes ouviu chamar teu nome e fingiu temporariamente, que não era você?
Quantas vezes, desejou fortuitamente, aquela moça bonita por perto?
Quantas vezes, ensinou pessoas a serem melhores, e depois, se decepcionou com elas?
Quantas vezes, em uma discussão, desistiu do assunto, só para encerrar um litígio agressivamente imoral?
Quantas vezes, acordou indisposto e tirou de seus mais profundos instintos, um sorriso para fingir que tudo ia bem?
Quantas vezes, teve chance de cativar uma nova amiga, que antes nem sequer suspeitava estimar sua pessoa?
Quantas vezes, conseguirá mais, dissuadir, uma pessoa anônima, a mostrar através dos escritos, um pouco dela mesma?
Quantas vezes mais, causará profundos e nobres sentimentos, em alguém dotado de uma solidão estanque?
Quantas vezes, serão necessárias, que tenha provas, de que seus escritos, feitos com seu mais profundo eu, norteia outros a prosseguir?
Quantas vezes já sorriu hoje? Então, ao menos agora: sorria certo, de que cativas. Cativou, responsabilizadamente, com louvor.

14/04/2010

Um herói chamado Cássio.


"Dolorida, mas feliz".
Tirando a parte engraçada, de eu cair ao chão ontem, no meio de uma avenida, enquanto o sinal de trânsito ainda estava fechado, e a fama de já ser desligada, mesmo hoje, ainda dolorida, estou muito feliz e emocionada.
Passo todos os dias, de certo modo, tensa e preocupada, com tudo o que eu preciso fazer durante o dia.
Quero terminar todo o trabalho pelo qual sou responsável, quero ganhar dinheiro, quero pagar TODAS as contas em dia, economizar no Banco, quero ser a esposa “linda-sorridente-perfeita-arrumada”, e nem sempre dá tempo sequer de ir ao salão de beleza me preparar.
Quero estudar, formar opinião, me manter atualizada, aprimorar conhecimentos.
Quero ser mãe um dia, me dedicar, e penso que para isso tenho que ter estrutura emocional e financeira, é também por isso que decidi trabalhar tanto.
Quero dormir, curtir meu marido, meu lazer ou meu sossego, e falta tempo.
Quero melhorar o físico, vejo a idade chegando ao rosto, no corpo e me preocupo como serei daqui há dez anos, há vinte.
Quero continuar tendo saúde para trabalhar, e ao mesmo tempo queria o dia com 26 horas só para dormir as horas que eu trabalho na madrugada.
Ando, dirijo, caminho, vez ou outra, pensando em todos os anseios que eu tenho e na rotina que ainda tenho a cumprir até que o dia (madrugada) termine.
O pensamento é mais rápido que quase tudo, por isso, a queda, me faz prestar atenção, ainda que eu não queira, em como estou correndo e como vai minha vida.
No pequeno minuto que levo entre perceber que eu caio e tento me levantar, percebo, com muita atenção, que meu enteado, se apavora, se preocupa comigo, a me ver cair. Olhei em seus olhos escuros redondos e vi claramente, que ele me ama. Não como um filho, mas como um pequeno ser humano que gosta de um adulto amigo. Que o protege, esquecendo o quanto ainda é pequeno fisicamente.
Escuto no vento sua voz, (o mais alto que pôde) como um reflexo de atenção, para os veículos que fluem na avenida.
Levanto-me, o mais rápido que eu posso, pois já o vejo, voltando ao meio da avenida, na tentativa de me puxar como alguém que vem e me puxa do "perigo eminente". Ao ficar de pé, ele ainda está ao meu lado, impetuoso, impassível, concentrado em mim, esquecendo que estamos no meio da avenida e os veículos fluem.
A cena é dantesca, mas emociona, porque os veículos, embora com o sinal aberto à passagem, diminuem a velocidade, justamente para nos dar a chance de retornar intactos à calçada, pois os seus motoristas, presenciaram antes, minha queda.
Retornamos. Certificamos-nos que ambos estavam bem. Conversamos sobre o ocorrido, no sentido de orientar o que se deve ou não fazer ao atravessar a rua.
Tudo volta ao normal, seguimos nosso caminho para casa.
Quase tudo. A partir daquele momento, ainda dolorida como estou hoje, percebo o que uma fração de tempo, pode modificar a minha vida.
Estou grata pelo Cássio ter parado para me ajudar, e profundamente emocionada pelo seu grito de alerta.
A dor da queda e tropeço, é nada, comparada ao fato de que eu finalmente tive uma prova de amor e dedicação de um ser tão jovem, que eu amo tanto e que me cativou desde muito cedo, para sempre.

Isto foi em janeiro de 2007, mas fica aqui registrado o meu herói e amor que tenho...

13/04/2010

Egoísmo e afeto.

O teu dom de escrever, me faz reconhecer como pessoa.
O teu propósito de encantar leitores, me inspira a tentar encantar alunos.
A tua sinceridade no afeto, semanalmente, me acolhe a alma.
Jamais me interessei pela celebridade que vieste a ser, aliás, isto me afastou de te conhecer.
Agora, me pego com ávido interesse em teus escritos matinais, antes mesmo do café da manhã...
O homem que transborda páginas de emoção e crítica, é o homem que magicamente determina alguns comportamentos e nem sabe! É você.
O escritor que trapaceia com as mais profundas regras de escrita, também é tocado por elas.
Ele contamina os verbos com saudosismos.
Causa uma nitidez de emoções sem tamanho.
É tudo muito claro: passei a te ler, para começar o dia, e quase sempre, me inspirar a escrever também. Ou a fazer melhor minha tarefa docente.
Não me importa seu outro vértice profissional, e por isto oculto o também o meu, de ti.
Me importa é que diante de folhas brancas na tela, temos algo em comum, obviamente, você, está muito mais experiente e a frente, porém, tornou-se o meu ícone verbal.
Não conheço seus defeitos como pessoa. E nem quero. Quero conhecer o escritor, autor de tantas verdades ou, produtor de "pequenas" mentiras que animam a platéia.
O cronista, o que responde as cartas e emails, sem demora, e com uma incrível precisão.
A afetividade foi lançada por ti. O afeto é silenciosamente verdadeiro: Te admiro.
O bom amigo de palavras.
A quem com egoísmo, eu agora, chamo de "meu".

12/04/2010

Anjo da guarda

É a ti, que nomeio assim, dentre muitos outros amigos que eu tenho.
Há cerca de uns três anos, te conheci, profissionalmente, e agora percebo, que o encargo de anjo tem de certo modo, tudo a haver".
Tens me ajudado muito. Graças a ti, em momento peculiar pessoal, eu que pensava, ficar atrás de muitos docentes, fui elogiada e motivada.
Eu sei que tenho muito o que aprender, e melhorar, mas é verdade que, a minha tentativa, o meu esforço, ao menos aos teus olhos, naquele início profissional incerto, foi notado. E quando comentado por ti, me deu muito incentivo, de continuar.
Era uma época difícil, eu dividida entre o sonho de ser mãe e a esposa perfeita, e a vontade de me lançar profundamente, no mundo acadêmico.
E eis que me deparo, com um anjo, em forma de gente, que adora "rock", curte um "pink floyd" tanto quanto eu e ainda, conserva uma veia esportiva que eu jamais imaginara! (risos).
Alguns anos se passaram, e profissionalmente nos reencontramos, novamente.
Eu, já novamente solteira, com alguns sonhos realizados, outros não. E você, com seu sorriso inabalável e corajosamente feliz.
Jamais vou esquecer que, no primeiro dia de trabalho, era você quem me recebia no portão, com aquele semblante peculiar de vencedor e ao mesmo tempo, um amigo confortador. Foi uma sensação de imenso reencontro emocional mesmo! Trabalhar contigo de novo? Era tudo o que eu queria. Pessoas que fazem a diferença e que marcam a minha vida, eu quero mesmo é conservar por perto.
Hoje, ao dividir estudos contigo, me pego dando risada sozinha, porque estou começando a conhecer não só a veia artística do anjo, mas estou me aprofundando na intelectualidade dele...e pensar que anjos tem asas e tocam lyras? É. Você, anjo da guarda, que realmente me guia, virtualmente ou não, que é um pai incansável, um marido provavelmente dedicado, um esportista nato, um músico vibrante, é também, um excelente mentor. E agora, posso afirmar, um bom aluno...ao menos interessado.
Espero conversar o anjo da guarda ao meu lado. E quem sabe melhorar meus conhecimentos musicais.
Espero ter alguém a quem ser anjo, já que tive o privilégio, de ter você como um.
E espero cada vez mais, aprender coisas interessantes da vida, contigo, meu querido e prezado amigo.
Eu posso não carregar montanhas, mas por ti anjo, posso tentar movê-las com todas as minhas forças, se isto te ajudar.

05/04/2010

Decepção.

É tudo o que posso expressar hoje, ao te ouvir argumentar que eu enxergo coisas demais.
"Papinho" é o que você fez: agiu totalmente em desacordo com o seu discurso.
E o que dói mais, é saber, que a quebra da confiança não é só no homem que eu exergo em ti, mas também no amigo, que eu pensava ter, o qual jamais faria algo comigo que não quisesse para si próprio.
Sou totalmente a favor da liberdade de expressão, mas igualmente proporcional ao ditado: quem planta, colhe. E voce conseguiu colher muito de mim, quando descaradamente me colocou em segundo plano, conseguiu, me perder.