27/06/2011

OSÚN

Osún me guie e me proteja.
Me mantenha em pé.
Me dê forças para seguir adiante.
Osún me dê colo mesmo sem eu ver.
Para que um dia eu possa esquecer,
toda a mácula que me feriu.
Osún abra meus caminhos,
para trilhar marcas bonitas nos corações das pessoas,
sem traumas passados, sem receios.
Osún me guie e me afaste, daquele que não me merecer.
Osún me coloque ao lado do amor verdadeiro, pois eu preciso
é ser feliz. Odara.
Osún me transforme, seque minhas lágrimas e me dê energia.
Me dê inteligência e resignação para o meu coração curar.
Me dê sentido em ter minha vida nas mãos.
Osún cuide do meu amor, como cuida de mim.
Osún me proteja de todo o mal.
Motumbá.

22/06/2011

Quatro décadas à vista, sem direito a desconto!

O anúncio dizia assim:
"Troco quatro décadas a vista, sem direito a desconto, por dois anos de pura anarquia política aos 15 anos de idade, troco ainda, por um semestre de estudos em Londres, com 25 anos completos. Mas se preferir, negocio trinta anos femininos sem rugas, e vinte anos de puro vigor masculino. Uma outra opção em aberto é retroceder aos dez anos de idade, assistir dois seriados de tv e jogar "gosta deste?" por duas horas, ver filmes de sessão da tarde com pipoca em uma tarde de junho, sem hora para ter o que fazer.
Troco quatro décadas, também por uma tarde toda com as amigas aos dezoito anos, em um sábado qualquer depois de ensolarado dia de sol na praia, ou, aceito permuta por quatro décas e alguns anos a mais, sentadas em uma chopperia, ao fim de tarde, com quatro amigas da confraria sem olhar para o relógio e rindo à toa. Troco quatro décadas, em duas parcelas de vinte, uma paga com as lágrimas de colações de grau, bailes de formaturas e noivados que se esteve presente, e se emocionou, e outra, paga com os sorrisos que causou, aos amigos, à família, e a quem amou, depois dos vinte anos...Troco quatro décadas, por voltar alguns dias atrás, onde havia música com meu nome, e um rouxinol para cantar para mim quando eu menos esperasse. Troco apenas um ano deste tempo todo, se puder, ver por uma hora, uma pessoa querida, que se foi, há muitos anos...
Troco as próximas duas décadas, também, por um par do meu tamanho, que entenda quando preciso de colo, de consolo ou de silêncio e abraço. Para esta última negociaçao, aceita-se pagamento a prazo. Troco por fim, uma década inteira de mim, para ver o sorriso estampado no rosto de quem amo, como eu vi no primeiro dia em que encontrei o amor."

Destinos futuros.

Cada pessoa é uma pessoa diferente da outra em praticamente tudo, com pequenas e médias semelhanças, exceto os gêmeos (ou clones?)
Cada ser habitante do planeta, no geral tem uma função, uma utilidade (pública ou não) e uma durabilidade na vida de outrem.
Cada ser pensante, dotado de raciocínio humano, sabe por onde ir, como quer ir, e aonde chegará.
Mas se não sabe, ao menos finge "que".
A partir do momento que existe um ponto de partida, uma nuance ocular que alguém percebeu de algo que está destoando ou harmonizando consigo, é perfeitamente possível tomar atitude ou de ir de encontro ao harmônico, ou de se distanciar do destoante...
E assim a vida segue, sem dramas, sem desculpas para conservar o que não mais existe.
Porque viver é caminhar olhando para a frente, pisando forte, superlouco pelos destinos futuros que seus olhos ainda não viram e que seu coração não experimentou.
O olhar para trás, agora vira reflexão do como poderia ter sido, e também é útil, para definir os erros que não serão.
Simples assim.
Atitude modifica o homem, quando ele age, é claro.
Estagnação ao contrário, preocupa, não desenvolve a alma e inquieta por dentro.
O que há no mundo em termos emocionais filosóficos pior do que decepcionar o semelhante?
O mais amargo, sem volta, sem direito a "bis", é decepcionar a sí mesmo.

As rosas não falam, mas sentem sede...

Não se pode dispor de tempo para se dedicar, não se pode exigir o mesmo para si.
Não se pode parar cinco minutos e destinar ao próximo, como então pedir "olha para mim"?
As pessoas emudecem dignamente às vezes com o passar dos dias, ao se depararem com pessoas que aos poucos, vão deixando-as de lado.
As plantas secariam e morreriam em cojunto, se não fosse a chuva a espalhar a água de tempos em tempos.
Os vasos de flores, secariam, se não houvesse a mão humanda a regá-los, periodicamente.
As rosas não falam, não pedem, mas sentem sede.
As pessoas se calam, se desapontam, mas notam as mudanças frequentes.
E como toda rosa precisa de cuidados, toda pessoa é assim...