25/07/2009

Olhar espanhol.

Olhos espanhóis escuros como ébano.
Pupilas dilatadas e iluminadas de alegria.
Sorriso de infância no rosto.
Sorriso maroto e desperto.

Por vezes olhar de vulcão, por vezes,
Inofensivo e cativante como criança,
Em outras, suas idéias devassas transmite.

Espanhol de coração, anjo negro que perde a razão,
É você, tão belo, tão terno e tão “caliente”.
Um “déjá vu” me causa desde sempre.
Uma irremediável vontade de dançar.

Andando em jardins, parece-me familiar.
Não sei se a caminhada, ou a companhia,
faz-me de ti recordar.

Me enlace pela cintura, me pegue pela candura.
Prende-me e me seqüestre por um dia, quem sabe?
Se tu não queres adoçar minha vida porque me miras?

Nas cócegas infantis vivem inconseqüentes pequenos flertes.
E eu já não te olho mais, como antigamente.

Espanhol, forte, pulsante. Voz de rouxinol.
Sabor de café da manhã quente.
Aroma de jasmim do meu inconsciente.
Enche meu dia de beleza e alegria.

Faz ondas de calor imaginárias no ar.
Faz com seu toque, meu corpo todo arrepiar.
Faz com sua risada sutil, uma música.
Faz-se presente, mesmo ausente.

Deixa saudade, que embriaga.
Deixa saudade de coisas que jamais vivi.
Ou, talvez, vivemos há séculos.
Quem sabe?

Sei que improvável é o acaso culpar
das delícias que tu provocas só,
no teu simples ato, de ser e de estar.



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