22/10/2010

Evidências.

Os olhos que a seguem quando ela caminha.
A voz que muda quando o discurso é com ela...
O "tom" que ele sobe, como se sussurrasse em seu ouvido.
O dengo na expressão facial, como se ele quisesse afago.
A cabeça que balança como se ele, precisasse, de cafuné.
A mira ocular que foca de frente, olhando sob os panos dela.
O caminhar firme, que revela impulsividade masculina.
O sorriso que se abre, quando ela entra no mesmo ambiente.
As mãos dele, que disfarçam, com objetos diversos, o que não podem tocar,
mas almejam com veemência...
Os encontros "por acaso", nos bastidores.
As mensagens através de tecnologia recente...
Os mimos, ainda que, virtuais.
As frases soltas, não por acaso, mas naturais...
Os valorosos abraços, os quais a arrepiam por dentro.
O encostar dele, nos ombros dela, que "paralisam"
(e que talvez "ele" não saiba!)
O uso das cores que, ela mais aprecia, nas vestes que ele usa.
A amizade eternamente disponível.
A agonia, que se enxerga na alma sensível, não correspondida.
A libido exarcebada, intensa, voluptuosa que ela nota.
A tímida expressão quando, ele fala, de sentimentos como quem não quer nada,
mas que na verdade, quer TUDO.
As confidências de feitos antigos, amorosos, em tese, para enciumar...
A disposição para a acompanhar onde ela precisar.
As mudanças de horários para se fazer presente, a ela.
As melodias, as figuras, que ela mais gosta, que aparecem do nada...
As músicas que a emocionam, e que ele causalmente, mostra...
A cumplicidade nas trocas de comunicação que só eles sabem.
O decifrar de enigmas, por ela criados.
As fugas que ela comete de certos assuntos, e que ele sempre sabe...
As lágrimas compactadas por nós na garganta, que ele precisa desabafar, só com ela.
O cheiro, que ele vislumbra aspirar aromaticamente em seus cabelos...
O modo como age em grupo, onde ela também está.
Todas as insônias compartilhadas, à distância.
O ápice de prazer nunca antes realizado, mas presente ludicamente, nos sonhos...
Os toques sutis de seus dedos que a entorpecem.
O beijo de despedida, que enseja um começo.
O som da respiração próxima, que a silência.
O adeus, que excita e desconcerta.
A ausência de sossego na mente sublimada.

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