14/10/2009

Confissões.

Eu amo olhos negros. Gosto de olhar de frente. Gosto do cheiro da chuva no asfalto quente. Gosto do sol de verão em Santos. De catar conchas na orla. Gosto de ler até cansar. De todos os filmes de terror, bem de noite. Gosto de vinho tinto, mas adoro mais um Lambrusco. Gosto de ir ao cinema, mais do que alugar dvd´s. Gosto de pessoas inteligentes, me encantam quem tem muita estrutura mental e praticam isto...risos. Gosto do mar, quero aprender a velejar. Sinto falta do meu padrinho, meu avô materno. Sinto saudades de minha irmã caçula que está em Londres agora. Nos momentos difíceis, emocionais, o chocolate é um trunfo, e uma amiga ou amigo, sempre está comigo para me ouvir. Ou me ler. Gosto de números de telefone, decoro todos os que eu mais uso. Gosto de receber flores. Mas adoro presentear quem eu tenho apreço. Gosto de mergulhar, mas ainda não aprendi a nadar, pois é um dos medos ainda para superar. O outro é de perder a liberdade. Não gosto de cantar, porque não sou muito fã da minha voz, embora em alguns eventos, com videokê eu cante...risos. Amo pizza em qualquer uma das vinte e quatro horas do dia. Gosto de fazer amigos, e me esforço para conservá-los. Gosto de pessoas sinceras, abomino a hiprocrisia. Sou anti-tabagista. Sou canhota. Sou insone. Gosto de estar perto do meu pai e ouvir o que ele tem a dizer, mesmo que eu nem sempre concorde. Gosto de ver meu irmão Antonio César dormindo e de me lembrar como ele era quando pequeno... Sinto falta de algumas pessoas com quem me relacionei e perdi contato, o Cássio, meu enteado durante onze anos, é de quem eu mais sinto a ausência (perdi contato depois de me separar do pai dele). Outras pessoas, que tenho saudade e não estão mais aqui são o amigo Victor Hugo, um super herói, o amigo Sérgio Luis e a professora Carmem Cely de Moura. Sinto falta também da Rosely Aguiar de Pinho Vieira, que está em Uchôa, em missão religiosa com o marido, sinto falta dos doces compartilhados, de subir o emissário em julho, e descer e mergulhar de roupa e tudo aos dez anos, com ela, e voltar para casa, trocar de roupa e assistir filme a noite, numa época que não existia vídeo nem dvd em casa...sinto falta dos amigos do T.U.B.O, e de ver o João Carlos, o "morto" no som da igreja São Judas Tadeu trabalhando e conversando comigo. Sinto falta de algumas conversas insones com o meu amigo Benjamim, de filosofar da vida com o amigo jornalista Ventura, o "Lex", até altas horas, sinto falta, de quando o meu irmão Antonio César era pequeno e dormia no mesmo sofá que eu, porque cabia...risos. Sinto falta às vezes, da companhia da minha sogra, Lilian, que tinha sempre uma frase de motivação para passar, e me passou muitas através de livros que me deu. Sinto falta de tomar café da manhã acompanhada do Walber, bem no começo, de uma época em que o casamento dava certo, mas também não sinto falta alguma, do período em que percebi que já não era mais, para ser, a convivência. Sinto falta do mentor Águia, que muito me ensinou na consultoria, da Arthur Andersen, e sinto falta da equipe de trabalho em Campinas, dos dias árduos e extensos de trabalho até tarde, quando do projeto de privatizaçã do CPqD da Telebrás.
Sinto falta de visitar mais o Orquidário em Santos. De meus primeiros alunos na Unimonte, de Hotelaria. Sinto falta do convívio com os coordenadores, especialmente do Pedro Andó, de uma época em que supervisionei o curso de Ciências Contábeis e dos ensinamentos do professor Márcio Paz Colmenero e da coordenação do Gerson Ribeiro Prando.
Sinto falta de andar na praia e catar conchas com meu pai, de poder subir em seus ombros por ser pequena e "leve". De assistir Flash Gordon com minha mãe, de rever os "Irmãos Cara de Pau I". Sinto muita falta de ir ao circo, pois amo tudo que tem a haver com ele. Sinto falta da turma da faculdade, do Rubens Artave, do Rogério Pereira Gambini, e de outros amigos de lá. Sinto falta das noites de sexta feira, esticadas no Carioca com o chopp em companhia do Prof. Ms. Pepe. Sinto falta das aulas do professor Ynel Alves de Camargo. Gostei de muitas coisas que vivi na época da faculdade. Mas gosto agora, do que vivo, do outro lado, como professora, apesar dos percalços.Pequenas confissões, partes de. São inúmeras mas não caberiam todas aqui.

Um comentário:

  1. Wal amei suas confiss~es e as suas lembranças de nossa infância
    beijooooooooooo

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