14/12/2010

Lucidez silenciosa.

O tom que grita no meu coração, não tem fim.
A razão se habilita a trair a imaginação.
No meu sonho, o par é real, e a situação é um "sim".
O disabor do despertar, é pior que a fulgaz intuição.
A audição, de que, nada posso planejar, ainda que,
à curtíssimo prazo, me consome.
Não somos merecedores de paixão, de amor, então,
do que seremos feitos e mantidos?
Tanto quanto nos atrae o novo e dificultoso, me quebra,
por dentro, saber, que meu destino duplo foge ao controle,
e que pode morar dentro de uma alma infantil.
Jamais me preparei, para ficar a mercê, de decisões que,
me dizem respeito e podem estar nas mãos de terceiros.
Não consigo conceber que o provébio "querer é poder"
simplesmente, não funcione.
Seria uma esxceção à regra? Talvez.
E agora, lucidez exacerbada, e silênciosa, ultrajada,
tomou conta de mim, e me calou, com um buraco no peito.
E esta pequena dor passa, mas leva tempo.
E talvez só passe, porque eu sei, de algum modo,
que é certo, que temos, um ao outro...

Nenhum comentário:

Postar um comentário