Pensa
comigo: se alguém te chama para reencontrar, o que deve considerar é a vontade
efetiva de te ver. Reencontros em grupo não tem nada a haver com questão de
etiqueta. Nem mesmo de status social
ou tampouco com fofocas de revista. Reencontros cumprem certa ética do bom
convívio.
Reencontros
têm um significado: você saber se aquela pessoa que você gosta, aquela a qual
você se recorda com admiração, bom humor e gratidão, está bem. (Estar bem não é
um padrão universal, estar bem, de acordo com a crença e a contendo individual é
personalíssimo). Se aqueles olhos que você lembra, se aquelas risadas que você
memorizou, se aqueles cabelos que balançavam quando a pessoa andava, ainda
estão nesta pessoa.
Reencontros,
ao contrário do que possa parecer, para alguns, não nos remetem necessariamente
a questionar a conta bancária daquela pessoa, ou sua lista de bens. Não nos
reencontramos com alguém com a medíocre ideia de intimidar, menosprezar,
banalizar, julgar e padronizar personalidade e caráter. Os reencontros
acontecem para unificar, reviver, alegrar, confortar e todos os reunidos
ganharem a oportunidade de lustrar a alma, polir o íntimo, tirar o “pó” do
tédio, driblar a solidão. Eu diria que, o reencontro ajuda a expandir mais o
nosso coração para a vida.
Um
reencontro pode ter relação direta com alguns tipos de inusitados de
patrimônio: o afetivo, o histórico, e permanente. Mas atenção: o tempo que dura
um reencontro pode por mais longo que te pareça, ser insuficiente, pois nele,
não há tempo a perder. Por outro lado, o reencontro pode ser breve, mais
intenso.
Reencontro
afetivo só existe, para pessoas que se amam, que se aceitam como são ou, como
se lembram em determinado período no qual conviveram. Não há, nesta situação,
cunho de interesse pessoal, maior, do que dar um abraço bem apertado, e poder
sorrir de volta com muita gratidão no reencontro deste olhar. Ninguém vai neste
momento, te perguntar, se suas contas estão em dia, se você aplicou no CDB ou
se vai poder tomar Veuve Cliqcot no Natal. Neste tipo de reencontro, não existe
ganhador, perdedor, vencedor, pois ambas as partes ganham o jogo do afeto de
poder abraçar, conversar, saber um do outro, das novidades, das possíveis boas
notícias ou ainda, de algum revés, para que se compartilhe e para que em total
reciprocidade, receba um apoio sentimental. É uma troca onde existem ao menos
dois premiados na inteligência emocional.
Reencontro
histórico é aquele onde, uma ou mais pessoas, fizeram parte da sua vida, em
algum período de tempo, ou na família, ou na escola ou no trabalho ou em tantas
outras oportunidades ao longo da tua existência. É aquela pessoa ou aquelas
pessoas, que se reencontram para brindar um oi-tudo-bem-você-fez parte-da-minha-vida
e, me influenciou positivamente. Este tipo de reencontro, não tem contra
indicação, desde que, você seja seguro de quem você é e seja um ser bem
resolvido. No reencontro histórico, não há espaço para mimimi, tititi,
preconceito, medo, vergonha, pois os proponentes do evento, só estão nele,
porque querem de alguma forma, reviver um pedacinho do histórico. Aquela
vontade que dá de ver se um tiquinho do passado bacana nos remete a sensações
descontraídas, alegres e saudosas (quando já perdemos as pessoas que nos são
caras, ao longo da vida, ou por viagem ou por partida).
Reencontro
permanente: Você pensa: “Ah! É ele!”, ou, “Ah! É ela!”. É aquela pessoa que
marcou tua vida. E que lógico, faz teu coração bater mais forte ou mais rápido.
Ah! E bate forte este coração, pois com esta pessoa, que você admira, que você,
em termos, “venera”, respeita e gosta. você viveu situações que ficaram na sua
cabeça. Risadas das melhores. Afeto genuíno. Pura gratidão. Paz indiscutível.
Lutas homéricas e vitórias contundentes. Com esta pessoa ou com estas pessoas
você se identifica. Você na tua memória tem gravada uma risada alta e, talvez
até uma luz douradinha e saltitante quando soletra o nome da pessoa ou das
pessoas que estão neste reencontro. Que te marcaram. Mais que tatuagem. Por
isto, estão eternizadas, independente do que aconteça. Você se enxerga, neste
reencontro.
Dizem
que “a vida é a arte do encontro, embora existam tantos desencontros pela vida”.
Pois bem, eu prefiro gastar toda a minha energia para o reencontro, de que me
desgastar por algum (des) encontro.
Um
re (encontro) me faz, (re) juvenescer e termino o dia me sentindo MAIS jovem.
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