A natureza em si,
cumpre seu destino, desde que não exista a nossa interferência...
A simplicidade do
distinto cravo é a resiliência. E ao que sobrevive, com uma beleza ímpar.
Talvez a angústia das
rosas se revele nos espinhos e as ansiedades dos jasmins em seus fortes aromas.
A delgada margarida,
codinome “olho do dia”, é rica em alegria e luminosidade encantadora.
O conflito silencioso
da bromélia é o fato dela ser forte e suave ao mesmo tempo.
A gérbera, gentil
espécie com mais de trinta nomes, honra de cultos singelos a luxuosas festas.
O suplício das
calêndulas se percebe, nas essências roubadas, presas em pequenos vidros.
No entorno de um
girassol, se vislumbra a mandala, e em suas sementes, alimento para um bando
de aves.
A acácia amarela,
cheia de si, representa um amor secreto e nem ruboriza, enquanto a branca,
traduz a elegância.
Quem nunca, na
infância, brincou de boca de leão, que atire a primeira pétala.
A dália vermelha, com
seus arrasadores olhos, fulmina quem não tiver o mínimo de sutileza.
A frésia te promete
calma e proteção, no entanto, a gardênia, esconde um amor secreto.
Se a hortênsia te
mantiver indiferente, se deleite na poesia da glicínia.
A sabedoria cabível da
íris coroa um terreno inusitado.
Sete hibiscos vivem
bem, tatuados na pele que um dia já foi lisa.
Na constância da
lavanda, se permitem estar vigorosos lírios.
Orquídeas e narcisos
disputam a atenção com sua vaidade “a flor da pele”.
A petúna ainda que
ressentida, torce pelo encontro das tulipas com as salvias
Uma violeta se espalha
no canteiro da casa, enquanto urzes brancas, rosas e roxas, fazem a festa.
E para coroar este
dia, a zínia com certo ar leviano, entoa: É primavera, gerânio...
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